15/03/2016

Lembranças lavadas

Na porta do armário
Habitava a foto tua
Que no término retirei e rasguei
Rasgando junto o sentimento que eu julgava ter
Achando então que estava tudo resolvido
Vivi minha vida e me queimei diversas vezes
Nas perversas chamas do amor genérico movido a álcool
Mas hoje me deparei
Com uma mancha  no lugar
Onde outrora sua foto estava
E me veio uma tristeza de viúva
Veio meio sem rumo, meio sem destino, é tão rápido quanto chegou foi embora
Como a brisa passageira de um final de outono
Cortante, preludiando o frio
Mas insignificante para meu coração bem agasalhado
Com pessoas que não me encheram de promessas
E que me tratam como um, e não como metade

E a mancha que você deixou em minha vida
Eu faxino limpando a alma
E deixo o espaço limpo pra quem fizer merecer

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