Ela perambula por ai
com olhos manchados de insônia
romantizada
Cheirando ao café que lhe piora a gastrite
Seu peito sendo um auditório abandonado
que desesperadamente
ecoa
ecoa a batida de seu ultimo espetáculo
Seus ossos
fossilizam na cama
enquanto as paredes brancas
(profanadas de
frases a lápis)
são
grades
de uma
prisão
arquitetada
que contestam Sartre
no que diz a
liberdade
Diz idealiza a utopia
de
um dia efetivar o que lhe foi tirado tão logo aprendeu a andar
sozinha
O seu habitat é o limbo de uma espera
E esta se torna mais
l o n g a
à medida que o dia da suposta liberdade se aproxima
e fala e fala e fala
sem
nada dizer num impulso nervoso
que
emudece
e bota em cativeiro
o que realmente sente
E o medo a afoga em oxigênio
Tendo o coração pesando molhado de água suja
(como pano de
chão)
Passa seus dias a
sentir o gosto forte de não ser boa pra nada
(Exceto,
é claro,
em fazer mal
para si mesma)
E se dorme demais aos fins de semana
É pelo único motivo de Morpheus ser o Thanatos reversível
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