31/10/2014

Ele

O gosto do café ainda está em minha boca. O tédio arranca meu sorriso. A solidão é rotineira.
E ai eu leio o que ele escreve. E o sentimento de vazio, por um momento, se preenche com aromas que tem cheiro, imagens que tem sons. Suspiro, como suspiram as jovens apaixonadas no momento do prazer. Porém não há nada, só o amargo do café na boca.
Não faz sentido. Ele está no mundo das ideias, e eu aqui, vivendo a dimensão imperfeita. E ele sempre estará no mundo das ideias, pois a coragem que poderia criar uma ponte entre os mundos é o que me falta. Os covardes assistem tudo sem reclamar de serem secundários. Bebo outro café.

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